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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Evolução da Reprodução Humana


Hoje, mulheres que não ovulam mais podem engravidar por meio de óvulos de doadoras. Homens que não produzem espermatozóides maduros podem recorrer a uma técnica que permite retirar as células pré-espermatozóides e amadurecê-las, para que posteriormente elas sejam utilizadas na fertilização in vitro. Doze anos atrás, a ICSI – uma microinjeção de um único espermatozóide dentro do óvulo – era só uma hipótese.
Na linha evolutiva da reprodução humana foram desenvolvidas muitas pesquisas. Como resultado, contamos com o Assisted Hatching (AHA), que permite que se realizem pequenas aberturas na membrana que envolve os embriões fecundados em laboratório, com o objetivo de facilitar sua implantação no útero. A transferência de citoplasma do óvulo de uma mulher mais jovem para o óvulo de uma mulher mais velha cria condições mais favoráveis ao desenvolvimento do embrião, sem que este perca as características genéticas da mãe.
Outro avanço que contabilizamos, utilizado rotineiramente em clínicas brasileiras, é a biópsia de embriões feitos em laboratório, o Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD), que oferece a oportunidade de se verificar se o futuro bebê tem anomalias genéticas causadoras de doenças como síndrome de Down, hemofilia, fibrose cística, doença de Tay Sachs, dentre tantas outras que já é possível detectar por essa tecnologia.
Desde 2002, utilizamos o Spindle View, microscópio a laser que permite localizar os cromossomos no interior de óvulos captados para a fertilização in vitro. O equipamento potencializa as chances de gravidez da mulher ao promover a melhora do critério de seleção dos óvulos que serão implantados no útero.
Após 30 anos de um grande feito, é muito importante destacar que a tecnologia conceptiva não teria evoluído tanto, se não existisse também uma demanda tão antiga quanto a própria sociedade: o desejo de continuidade. Sem o desejo de ter filhos, não poderíamos nem sequer ter falado em tratamento da infertilidade, e, hoje, não estaríamos falando de restauração da fertilidade e de formação de novas famílias.

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